A crise no Ibope e a campanha de setores conservadores contra Babilônia fizeram mais uma vítima. A emissora abortou a trama gay que envolveria os personagens de Marcos Pasquim e Marcello Melo. Intérpretes de machões em produções anteriores, eles não terão mais um caso, como estava previsto na sinopse da novela das nove. O treinador Carlos Alberto, personagem de Pasquim, não será mais gay. Os autores de Babilônia criaram um argumento para justificar sua repulsa a mulheres. No lugar de atração por homens, entrará um trauma do passado.
Nos próximos capítulos, Carlos Alberto vai revelar que matou sua mulher em um acidente de automóvel. O treinador foi apresentado desde o início como um homem separado, com uma ex-mulher que viveria em outra cidade. Os autores de Babilônia chegaram a escrever um diálogo dele com Helô (Carla Salle) revelando que nunca saiu com um homem. A cena estava prevista para ir ao ar na última segunda-feira (4), mas foi anulada.
"Eu acho que eu sou gay. No começo, nem sabia direito, acho que eu era muito novo pra entender. Eu sempre tive curiosidade, atração, mas não podia! Eu era atleta, todo o mundo treinava junto e viajava. Pra ninguém desconfiar, eu fingia e disfarçava. Eu fui campeão olímpico, famoso, imagina se todos soubessem? Ia ser um escândalo! Você não sabe como eu fiquei aliviado quando conheci uma mulher que eu gostei, aí casei logo e tive filho. O mundo era diferente naquela época! Agora, não que seja fácil, mas as pessoas aceitam mais”, diria ele à garota de programa, que a esta altura teria se tornado sua amiga.
Por não aceitar sua homossexualidade, ele também se entregaria à bebida e viveria de pileque, sendo repreendido constantemente pelo filho homofóbico. Nada disso foi ao ar, e um novo ingrediente será acrescentado ao enredo do personagem. Na semana que vem, a filha de Regina, Júlia (Sabrina Nonata), vai se machucar no clube e ele precisará socorrer a criança. Sem alternativa, o treinador terá de dirigir o carro de um outro professor. Diante do volante, ele terá uma crise de pânico.
Acidente de outra novela - "Funcionário dá a chave, Carlos leva Júlia até o carro, a acomoda no banco de trás e coloca o cinto. Senta-se ao volante, tenso. Coloca a chave na ignição. Mas não liga o carro. Fica com a respiração curta, suando. Está tendo um ataque de pânico. Edição: utilizar imagem de arquivo de acidente de carro genérico de novela, pode ser de Clarice [Ana Beatriz Nogueira] em Insensato Coração [2011], com o tratamento estético desta novela. Fim do insert. Volta para Carlos, em pânico", orienta o roteiro assinado por Ricardo Linhares, Gilberto Braga e João Ximenes Braga.
Em seguida, trêmulo e pressionado por Regina, que chegará nesse momento ao local, ele sairá dirigindo o veículo. Júlia não sofrerá nada de grave. A menina vai torcer o pulso. Depois, já na casa da vendedora, Carlos Alberto será questionado por ela sobre o motivo do seu medo de dirigir e revelará em um impulso: "Eu matei minha mulher".
Regina dirá que o treinador não precisa contar nada. "Eu quero que você saiba. Foi um acidente horrível, eu estava dirigindo. Minha mulher morreu, a culpa foi minha, eu nunca vou me perdoar", desabafará ele. A mãe de Júlia vai tentar confortá-lo, lamentará a fatalidade. "Esse caso não é tão simples. Envolve outras coisas que eu descobri. Meu casamento naquela época. Foi uma fase difícil. E acabou assim. Depois disso eu nunca mais dirigi", dirá ele.
No capítulo de quarta-feira (13), Carlos Alberto vai falar da sua superação para o filho, todo orgulhoso de ter conseguido guiar e socorrer Júlia. "Agora que eu superei essa barreira, acho que encaro um volante de novo", comentará o treinador. "Pai, não é só isso que você tem que encarar. Desde que a mamãe morreu, você só pensa em trabalho. No máximo rola um golfe e a associação. Está na hora de descolar uma namorada", aconselhará Fred.
O novo destino de Carlos Alberto será mais uma alteração em Babilônia. Soma-se à de Alice (Sophie Charlotte), que não entrou para prostituição; à de Beatriz (Gloria Pires), agora uma mulher apaixonada e cada vez mais distante da ninfomaníaca da primeira semana da trama; à de Inês (Adriana Esteves), que era obcecada pela amiga e isso foi transformado em vingança; e aos cortes dos beijos e carinhos entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg).
Fonte: Notícias da TV
Os chamados conservadores, que eu chamaria de pilares da moral, tem sim que fazer pressão, para queda de audiência para conteúdos que claramente visam a destruição da família. http://www.gospellife.com.br http://www.leiturabiblicadiaria.com.br
ResponderExcluirCaro companheiro,
ResponderExcluirRespeito sua opinião, mas acredito que há uma ferramenta muito mais eficiente para se resolver essa questão: chama-se controle remoto.
As emissoras, políticos e igrejas que se dizem os "pilares morais" da sociedade são os mesmos empurram goela abaixo do telespectador horas e horas de noticiários sensacionalistas; religiosos metidos na política e em escândalos sexuais; e ainda fazem lavagem cerebral na população incauta e na maioria das vezes carente.
Quem tem razão: quem exerce o direito de mudar de canal, ou quem se deixa alienar pelo falso moralismo e pelo fundamentalismo religioso?