Talvez por influência dessa personalidade forte, a atriz tem em seu currículo televisivo personagens igualmente intensas. "Acho que tenho uma trajetória de vida da qual as pessoas têm essa leitura, de uma história da mulher comum, casada e com filhos, que começa a ter uma vida profissional exitosa depois dos 40", pondera.
A inclusão mais recente nessa lista é a temperamental Hélia, uma professora de dança que teve um romance cheio de altos e baixos com Leal Cordeiro, interpretado por Antônio Fagundes. Pela primeira vez, Eliane se encontra na posição de protagonista e brinca com a situação, fazendo referência ao longa "O Curioso Caso de Benjamin Button". "Desde que eu vi o filme, achei uma boa metáfora para minha vida. Desmonta essa coisa previsível de que a pessoa mais velha tem menos possibilidades", comemora. Em um meio no qual atrizes com mais de 50 anos afirmam estarem fadadas a papéis menos interessantes, ela é uma exceção.
Quem também desperta admiração da atriz é o autor, Bosco Brasil. Assinando pela primeira vez uma novela sozinho, o escritor é mais conhecido por seus trabalhos no teatro –principalmente a peça "Novas Diretrizes em Tempos de Paz". Para Eliane, a troca com ele tem sido bastante proveitosa.
A oportunidade de trabalhar com ele foi um dos motivos que fez a atriz voltar ao ar cerca de quatro meses depois de se despedir de Indira de "Caminho das Índias". A personagem já havia acontecido logo em seguida à participação em "Capitu", e ela só pôde entrar na novela porque a antecessora no horário, "Caras & Bocas", foi esticada até janeiro, criando tempo hábil para Eliane sair de um folhetim e ingressar no outro. "Não esperava essa grande emendada, mas não consegui resistir. Era o Bosco escrevendo, o Zé dirigindo, o elenco é de primeira e a personagem, maravilhosa", enumera.
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