Claudio Lins aparecerá nas telinhas na nova novela do SBT Amor e Revolução como o militar José Guerra e está adorando a ideia de poder revisitar a história de seu país.
"É um momento histórico muito importante para o Brasil. O mundo estava dividido em direita e esquerda. Voltar a isso, é fundamental até para entendermos o que vivemos hoje", afirmou o ator, que confessou sua paixão pela temática, "Eu adoro História. É um assunto sobre o qual eu sempre leio, principalmente sobre História do Brasil".
Como a vida imita a arte, Claudio tem uma referência muito forte para o personagem. "Na novela eu interpreto um major, de uma família de tradição militar. O pai era militar, o avô também. O bisavô dele participou da Guerra do Paraguai. Mas o problema é que ele acaba se 'chateando' com o posicionamento do exército e se aliando aos comunistas", afirmou o ator, cujo avô viveu exatamente essa mesma trajetória. "Meu avô era da Marinha. Ele chegou a servir durante a Segunda Guerra. Embora não tenha se tornado um comunista, rompeu com as forças armadas. Ele já era da reserva, já não estava na ativa, mas se decepcionou muito".
Seu personagem tem um caminho parecido ao de seu antepassado. Entusiasta da 'revolução' de 64 - nome dado pelos militares ao estado de exceção criado pelos mesmos - passa a se preocupar com o autoritarismo imposto no país com o Ato Institucional nº 5, criado em 1968. Na vida real, seu avô não se filiou ao partido, mas começou a atuar de maneira mais humanitária e se afastara do exército. Já seu personagem, ao se apaixonar pela líder do movimento estudantil, Maria Paixão, interpretada por Graziela Schmitt, entrega-se aos ideais comunistas e compra uma guerra com a família.
Fonte: Revista Caras
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