Um dos momentos mais interessantes do bom “Fantástico” desse último domingo foi a matéria de Zeca Camargo e César Tralli na casa do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira. Pelo que o assunto representa e a forma como os dois colocaram.
Na verdade, está acontecendo uma mudança importante na maneira de fazer jornalismo na televisão. O modelo quadradinho de muitos anos, com passagem parada e decorada, historicamente em plano médio estático, quase sem mexer o pescoço, aos poucos vai saindo de moda. A Record, justiça se faça, foi a primeira a acabar com isso. Já há alguns anos, se adotou uma linha mais conversada e informal nas suas reportagens e apresentações. O tratamento é diferente.
Hoje, na Globo, as passagens em movimento também acontecem em maior frequência. Repórteres andando com microfone na mão, improvisando e acompanhando um plano sequência, como se viu na invasão do Complexo do Alemão ou no recente desastre das chuvas na Região Serrana. Ou, matéria no ar sem nenhum “off”, algo inimaginável em outros tempos.
Ainda na Record, no “Domingo Espetacular”, sempre foi possível assistir reportagens de longa duração, quase 20 ou 30 minutos, padrão que o “Fantástico” agora vem adotando. É um jornalismo mais verdade. Sem quase produção. Ou edição. O telespectador, com toda certeza, agradece.
Fonte: Flávio Ricco
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