sexta-feira, 21 de junho de 2013

As manifestações nas lentes da TV


Difícil encontrar alguém contrário às manifestações, que vieram se espalhar nas ruas das grandes cidades, colocando com transparência a indignidade e insatisfação de toda a sociedade com os desmandos em nosso país.

Mas como bem colocou o jornalista Hélio Schwartsman, na Folha de ontem, em todo e qualquer movimento de massa há motivos tanto para júbilo como apreensão.

As manifestações de agora, de maneira inevitável, farão nossas autoridades perceberem que os olhos estão voltados para elas. Há o desejo de mudar o Brasil. Este é o lado positivo de tudo.

Devemos lamentar, no entanto, as cenas de vandalismo e agressões a jornalistas ou a destruição de equipamentos de televisão, como aconteceu com a unidade móvel da Record, em São Paulo. Foi coisa de bandido. Atos que são condenados até pelas próprias lideranças do movimento.

As principais emissoras de televisão, naquilo que as suas próprias grades de programação permitem, têm procurado cumprir o dever de informar da melhor maneira possível.

O destruído caminhão de externas da Record não foi colocado nas proximidades da sede da Prefeitura de São Paulo por acaso. Os profissionais, jornalistas e técnicos, ali estavam corajosamente para cumprir uma missão.

A Bandeirantes, na TV aberta, é a que tem procurado dar uma maior cobertura aos acontecimentos, inclusive passando por cima de alguns compromissos da sua programação, como é o caso da igreja que paga pela utilização daquele espaço.

Na terça-feira, José Luiz Datena ficou praticamente 7 horas no ar, ao vivo. Só um profissional, com a sua capacidade de improvisação, consegue chegar a tanto. O "Quem fica em pé?" já está no ar. Durante este tempo, a Band permaneceu durante 36 minutos em segundo lugar.

Fonte: Flávio Ricco

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