Logo depois de o reality show Big Brother
Brasil prestar um desserviço à sociedade ao não corrigir uma participante que
definiu, durante um programa ao vivo, que somente existe assédio sexual quando
o abusador toca nas “partes íntimas” de sua vítima, Manoel Carlos, autor de “Em
Família”, mostrou que o papel das emissoras de televisão pode ir muito além do
entretenimento.
No capítulo que foi ao ar no sábado (29),
Virgílio (Humberto Martins) citou a pesquisa sobre Tolerância Social à
Violência Contra as Mulheres, divulgada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada) na última quinta-feira (27).
Indignado, o personagem comentou com Helena
(Julia Lemmertz) o resultado do levantamento: “Quero que você saiba este
absurdo de notícia que li agora. A pesquisa diz que mais da metade dos
brasileiros concordam que as mulheres dão motivo para serem estupradas”, disse,
citando outros dados do estudo.
A protagonista se mostrou incrédula com o que
ouviu do marido. “Mas que pesquisa é essa? Quer dizer que a culpada é a mulher
e não o estuprador? Vivemos na idade da pedra?”, argumentou. Virgílio encerrou
a conversa, afirmando que criou-se um movimento online para defender que a
mulher não merece ser estuprada.
Depois da importante campanha social, marca
registrada de Maneco, a cena que se seguiu mostrou Neidinha (Elina de Souza)
vendo seu suposto estuprador em um ponto de ônibus.
Fonte: Yahoo
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