Maria Antônia chega no fim de janeiro, mas a
agenda de Taís Araújo não tem espaço para uma longa licença-maternidade.
Gravando os últimos capítulos de "Geração Brasil", que termina dia 31
de outubro, a atriz, grávida de cinco meses, descarta uma nova novela em 2015,
porém não abre mão do teatro e do cinema ainda no primeiro semestre.
"Brinco dizendo que agora tenho dois filhos para criar", conta, aos
risos, a mãe de João Vicente, de 3 anos.
Sem dar detalhes dos projetos, ela avisa que
estreia em junho, em São Paulo, uma peça que está produzindo, logo depois de
rodar sua participação num longa-metragem. "Minha mãe era professora, dava
aula comigo num moisés do lado. E eu não sou a única mulher a passar por isso.
Tenho sorte de ter infraestrutura, muita gente não tem. E acho que meus filhos
vão ficar felizes de ver a mãe trabalhando. Amo muito meu trabalho",
analisa.
A vontade de dar uma irmã para João Vicente
já existe há um tempo, mas a gravidez veio quando a atriz menos esperava.
"Tirei o DIU pouco antes de a novela começar e engravidei um mês depois.
Antes tinha passado um ano tentando e não consegui. Acho que é coisa de cabeça
mesmo, quando relaxei, aconteceu", explica. A trama se adaptou à gestação
– e hoje Verônica espera gêmeos de Jonas Marra (Murilo Benício), uma explicação
para a barriguinha saliente da intérprete em cena.
A questão, pelo menos no início, foi mesmo o
ritmo puxado de trabalho de uma protagonista, que exige horas e horas nos
estúdios do Projac. "Eu gravava muito, o dia inteiro. Quando descobri,
sofri calada, porque estava muito no começo e eu não podia contar", lembra
a atriz, que, pelo menos, não sofreu com enjoos. "Mas eu morria de sono, o
lugar em que eu menos queria estar era ali. Quando eu contei para os meninos
(os autores), melhorou muito. Agora eles estão me poupando", confessa ela,
que adora ser paparicada pelos colegas. "Essa é a parte boa, né? A gente
manipula todo mundo", brinca.
Se na vida real anda tudo às mil maravilhas,
na ficção Verônica também está perto de ter seu final feliz, ao que tudo
indica, ao lado de Jonas, que está trilhando o caminho da redenção. "Por
incrível que pareça, né? Ele sofreu várias acusações e aí a gente vê como tem
muito pré-julgamento. É claro que ele burlou algumas leis, foi um pilantra, mas
isso torna o personagem até mais humano", constata.
No caso de sua personagem, são justamente as
falhas que mais atraem Taís. "Quando li a sinopse e vi que fiquei com a
heroína, pensei: 'Me ferrei. Vou ficar com a choradeira'. É claro que ela teve
momento dramáticos, mas não resvalou na sofredora. É uma heroína torta, toda
errada, que se atrapalha", comemora. "E ela teve conflito do início
ao fim, o cara por quem se apaixona, o trabalho, o filho. Acho ótimo isso, é
tão difícil", afirma a atriz, com experiência em viver mocinhas em novelas
como "Da Cor do Pecado" e "Viver a Vida".
Sua última protagonista, aliás, foi a
batalhadora Penha de "Cheias de Charme", dos mesmos autores de
"Geração Brasil". Apesar de reunir boa parte da mesma equipe e
apostar num sucesso parecido com a novela anterior, a trama atual não emplacou
na audiência nem conquistou as redes sociais como a antecessora. "'Cheias
de Charme' foi um case de sucesso. Não dá para produzir um fenômeno todo ano,
faz parte do jogo. E esse foi um ano difícil, como Copa do Mundo, eleições. Mas
também não dá para medir apenas por um estado. O Ibope de São Paulo não reflete
o Brasil inteiro. O que a gente sente nas ruas é bem maior", conta. Nos
bastidores, então, ela garante que o clima é o melhor possível. "Quando a
gente vem gravar, parece que é a hora do recreio. O elenco sai junto toda
semana. Foi uma novela muito feliz", conclui.
Fonte: UOL
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