Com uma beleza que desafia o tempo, Maitê Proença (58) tem atraído a atenção do público mais jovem com suas cenas quentes de nudez na novela Liberdade, Liberdade. “Minha vaidade está nas conquistas. A beleza física foi presente de papai e mamãe”, estabelece a atriz, que movimenta as redes sociais com suas aparições. Com 37 anos de carreira, ela está acostumada ao burburinho desde as sequências mais apimentadas de Dona Beija (fotos abaixo), exibida em 1986 na extinta Manchete. No Copacabana Palace, do qual é vizinha, a estrela mostra que a passagem do tempo só lhe fez bem. Com exclusividade a CARAS, ela exibe curvas, sem dublê de corpo, em um maiô verde-esmeralda na piscina negra. “Faço o que dizem ser necessário. Me alimento bem, me exercito, cultivo amizades e fico atenta para não me levar demasiado a sério. Sou poeira passageira”, diverte-se. Apesar de encarar a vida com mais leveza, Maitê continua intensa nos afetos. Seu último relacionamento em público foi com o empresário Eduardo Faria de Carvalho (44). “Cada relação pede o que precisa. E a gente se molda. Não mantenho relacionamentos monótonos, não haveria motivo. Meus afetos são incandescentes”, sentencia a atriz, mãe de Maria (25), do casamento com Paulo Marinho. “Sou autossuficiente, mas afeto nunca é suficiente, quanto mais, melhor”, acrescenta ela, que, além de atriz, apresenta o Extra Ordinários, no SporTV. “Trabalho cercada de homens brilhantes. A reinvenção se torna inevitável”, empolga-se, referindo-se a nomes como Felipe Andreoli (36) e Eduardo Bueno (58).
Como vê o passar dos anos?
O tempo me fez conhecer mais de 80 países, conviver com pessoas diversas, observar, perceber e compreender mais. Me lançou em aventuras de toda sorte, ensinou idiomas, me fez amar com paixão e devaneio, encenar personagens magníficos, escrever livros e peças de teatro que tratam do que me fascina. Isso tudo é a meu favor, e não contra. Ou não?
As cenas de nudez na novela são contextualizadas. Tirar a roupa torna-se mais natural?
Fora de contexto é abuso, não dá para fazer. Em Liberdade Liberdade isso nunca aconteceu, é um trabalho de bom gosto.
Qual balanço faz de sua personagem da trama, Dionísia?
É daquelas mulheres marcantes que não se consegue decifrar, por ser complexa demais. Foi delicioso encarná-la.
Em entrevistas, você sai em defesa da postura dela...
Sou mulherista e feminista. Mulheres são fascinantes. Fazem 2/3 do trabalho mundial mas têm menos de 1% das propriedades. Recebem menos do que os homens pelo mesmo trabalho. São as mais pobres, entre pobres. Continuam vulneráveis porque não têm independência econômica e são constantemente ameaçadas por exploração, violência e abuso sexual. Dar possibilidade de estudo à mulher, além de trabalho, beneficia a sociedade.
Já sofreu algum tipo de assédio, moral ou sexual?
Em diversas ocasiões. Hoje, adulta e fortalecida, estou preparada para lidar com isso. Às vezes, coibindo até através do humor.
Que dica daria para mulheres que passam por esta situação?
Usar da inteligência, do senso comum para lidar com o momento, da autoridade como mulher e dona do seu nariz. Não se intimide. Você tem força, use-a.
A sua história pessoal colabora com seu trabalho?
Sou dessa matéria. Ajuda, mas torna mais difícil acessar regiões internas que foram trancadas para permitir que a vida siga. As zonas sensíveis não gostam de ser reabertas, e quando acontece em função de personagens, dói um bocado.
Em que momento pensa que é melhor ser desconhecida?
Quando ando na rua e quero observar sem ser observada, conversar com quem me acompanha sem pedir desculpas pelas sucessivas interrupções, quando conheço alguém que poderia me enxergar sem uma imagem já previamente concebida. Sou mais tímida do que pareço e introspectiva, ainda que adore gente. Gosto de pessoas de verdade, que chega desarmada. Mas minha figura pública perturba a naturalidade do outro.
Por que só teve uma filha?
Adoraria ter oito crianças. Sou mãe dedicada, gosto e acho que sou boa nisso. Mas não rolou.
Como é a relação com Maria?
Hoje é híbrida. Maria vive comigo, é uma adulta independente com quem tenho um convívio amoroso, fluido, conversas densas e inteligentes, mas sobretudo, divertidas. A gente ri!
Entre tantas realizações, o que falta na sua vida?
Dar uma volta ao mundo em um veleiro, aprender um instrumento, outros idiomas, visitar mais países, ler livros que se enfileiram na estante, suavizar o espírito, ser generosa, tanta coisa…
Fonte: Caras
Nenhum comentário:
Postar um comentário