No ar desde março, “Os Dez Mandamentos” é o maior sucesso da teledramaturgia da Record nos últimos anos, com índices que chegam a 16 pontos de média em São Paulo, 17 no Rio de Janeiro e 12 no Painel Nacional de Televisão, que mede a audiência em 15 mercados.
A autora desse sucesso é Vivian de Oliveira, que faz sua estreia como autora principal de novelas, tendo antes assinado minisséries bíblicas como “A História de Ester”, “Rei Davi” e “José do Egito”.
Em entrevista à jornalista Lígia Mesquita, do jornal Folha de S.Paulo, Vivian falou sobre "Os Dez Mandamentos". “As pessoas se identificam com histórias de outro tempo, mas que mostram os mesmos dramas humanos de hoje”, diz ela.
Protestante, a autora afirma que sua trama não fala de religião: “Conto uma história, não imponho religião alguma”.
Vivian comentou sobre a existência de preconceito com tramas bíblicas: "Não sei. Só sei que muita gente que não assistia à Record está assistindo. O retorno tem sido positivo. No começo teve um preconceito até por parte dos atores, mas depois todo mundo viu que era teledramaturgia. Hoje quem está de fora quer fazer parte".
Questionada sobre se é confortável não tratar de temas atuais e dessa forma ficar livre de polêmicas, a autora é direta: "A gente está falando de uma história que tem bebê jogado no rio, apedrejamento de adúltera, quer mais polêmica? Não tem nada confortável ao tratar de temas e preconceitos gravíssimos que havia no Egito. Há questões delicadíssimas até para poder mostrar nesse horário. Temos o mesmo olhar cuidadoso de um autor de história contemporânea".
Por fim, Vivian de Oliveira falou sobre a existência de uma crise no gênero telenovela: "'Os Dez Mandamentos' mostra que não. As pessoas querem coisas diferentes, não novela com barriga, sem dinâmica. Toda vez que alguém vem com história interessante, o público reage favoravelmente. Novela em crise é quando conta mais do mesmo".
Fonte: Na Telinha
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